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Caros pais,
Estamos quase a iniciar mais um ano de Catequese!
No passado mês de março, devido ao novo coronavírus, o SARS-CoV-2, que origina a doença designada COVID-19, fomos forçados a interromper de forma totalmente inesperada as atividades da catequese e praticamente todas as outras que dão vida à comunidade paroquial. Fizemo-lo com muito sofrimento, não porque o queríamos ter feito, mas em união com as orientações emanadas pelo nosso Bispo, em união com todos os bispos portugueses (CEP) e de acordo com as normas recomendas pela DGS, colocando o bem-estar e a saúde de todos em primeiro lugar.
Estes tempos obscuros em que vivemos não permitem um estilo de vida igual ao que estávamos tão habituados, obrigando a repensar inclusive uma nova realidade pessoal, familiar e social. Nada será como antes, é já uma certeza! Mas tudo poderá ser bem melhor daqui em diante, pois temos a oportunidade de contruir juntos uma nova realidade, mais bela, justa e verdadeira. Tempos de dificuldade não nos devem desanimar, mas abrir-nos cada vez mais à ação do Espírito Santo que guia e orienta a sua igreja no tempo e na história. Também nestes tempos sombrios que vivemos não será de outra forma. Será o Senhor a orientar os nossos passos uma vez mais.
O novo ano catequético, à semelhança do ano escolar, terá um ritmo diferente. Ser diferente não significa que seja pior do que os anos anteriores. Estamos todos a aprender a adaptar-nos a uma nova realidade que teima em permanecer. Desde o final da quaresma deste ano para cá que os nossos catequistas têm feito um trabalho notável para chegar às nossas crianças e jovens. Pensemos nos vários esforços em utilizar as ferramentas dos meios tecnológicos ao dispor; a eucaristia online transmitida em direto; cartas; mensagens; as transmissões semanais da plataforma Educris, via Youtube e Facebook, assim como imensos conteúdos da plataforma da Agência Ecclesia. Quero agradecer a todos os nossos catequistas por terem dado tanto de si ao longo dos últimos meses. Por terem sido fiéis ao compromisso que assumiram no início do ano e, sobretudo, por diante das dificuldades não terem desanimado.
Se houve algo que percebemos desde a primeira hora em que tudo aconteceu foi a nossa pequenez diante de toda esta situação. Entendemos que não somos autossuficientes, que não nos bastamos a nós mesmos, que não somos donos da história e que de um momento para o outro podemos deixar de ser. O vírus é real e as suas consequências também. Ninguém poderá garantir que não será infetado. Fazemos, contudo, a nossa parte e garantimos o cumprimento das recomendações acordadas pela Conferência Episcopal Portuguesa e pela Direção-Geral da Saúde. Desde a solenidade do Pentecostes que voltamos a abrir as portas da nossa igreja à participação pública dos fiéis. As nossas equipas de limpeza e de desinfeção, composta por vários elementos da comunidade paroquial, e a equipa de acolhimento, formada até agora pelos membros do CNE, têm sido incansáveis. É graças a todos eles que podemos estar “juntos” e sem eles as nossas portas continuariam fechadas. Quem nos visita percebe de imediato que temos criadas as condições de segurança necessárias para que seja seguro ali estar.
A vida cristã é uma relação: de Deus que vem ao encontro da humidade, do homem que responde a Deus. Jesus é muito claro na sua mensagem: não é possível amar a Deus sem amar os irmãos. Assim, a vida comunitária é essencial para uma verdadeira e autêntica vida eclesial, onde a presença física é fundamental para o crescimento da própria vida espiritual e comunitária.
Assim, faço saber que iniciamos a Catequese Paroquial no sábado dia 3 de outubro, com as seguintes alterações:
- Horário da catequese: 14h00 às 15h00.
- Celebração da eucaristia às 15h15 (apenas para a catequese).
Para o efeito e de modo semelhante ao praticado nas escolas, serão adotadas diversas medidas, de acordo com as recomendações e imposições das diversas autoridades, que visam diminuir o risco de contágio, das quais salientamos:
- Apenas o primeiro volume terá catequese semanalmente. Serão divididos em dois grupos garantindo, assim, que as salas sejam suficientemente espaçosas para que a proximidade física seja reduzida;
- Atribuição de espaço para a realização da catequese que garanta um afastamento mínimo entre as crianças/adolescentes de 1,5 a 2 metros. Para o efeito, dado o número escasso de espaços que garanta o cumprimento desta medida, a catequese presencial será de 15 em 15 dias para cada grupo, garantindo assim pelo menos dois encontros presenciais a cada mês (escala de distribuição pelos diversos volumes será oportunamente divulgada pela responsável da Catequese);
- minimizar a circulação em simultâneo dos diferentes grupos, com entradas e saídas desfasadas;
- desinfeção de mãos à entrada e medição da temperatura corporal (sem registo);
- uso de máscara;
- material de apoio, nomeadamente catecismos e Bíblias, de uso individual;
- ventilação das salas;
- celebração da eucaristia orientada e destinada à Catequese;
- desinfeção total dos espaços utilizados no final de cada sessão de catequese.
Entregamos ao Espírito Santo o nosso ano Pastoral e pedimos que seja Ele a conduzir cada um dos nossos passos ao longo de cada dia. Que o Apóstolo Santo André seja um modelo para nós de seguimento e fidelidade à missão de anunciar o Evangelho.
Que o Senhor a todos abençoe!
Vosso em Cristo
Padre Nuno Pacheco, scj
pároco - moderador
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